A História da Enfermagem no Brasil



Ana Carolina Ferreira. Bolsa de Iniciação Científica / SAE - UNICAMP.

Escola de Enfermagem da Universidade Estadual de

São Paulo

 

 

Em março de 1912 foi criada, pelo Dr Sylvio Maia, A Escola de Parteiras de São Paulo, que passou a funcionar na Maternidade de São Paulo. Reconhecida 3 anos mais tarde (Lei Estadual n°1472 de 30 de outubro de 1915 artigo 2°), em 1931 passou a se chamar Escola de Obstetrícia e Enfermagem Especializada. Em 1944 mudou-se da Maternidade de São Paulo para o Hospital das Clínicas e em 1962 passou a integrar a Universidade de São Paulo com o nome de Escola de Obstetrícia anexa ao Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.

Em 1971 foi integrada à Escola de Enfermagem da USP pela Portaria GR n°1.398/71.

A criação da Escola de Parteiras de São Paulo, de grande importância e repercussão na área da saúde constituiu de fato a primeira iniciativa no campo da obstetrícia e da enfermagem a ser oficializada pelo Governo do Estado.

A necessidade de edifício adequado para abrigar a Faculdade de Medicina levou a promulgação da Lei Estadual n°1504 de 1916 que autorizava sua construção e junto a esta a edificação e instalação "de um hospital em que funcionem as aulas de clínica da mesma faculdade".

A Fundação Rockefeller, por meio de seu Conselho Sanitário Internacional, dispôs-se a colaborar financeiramente para a construção e o equipamento da Faculdade de Medicina e do Instituto de Higiene mas estipulava, como uma das condições para o auxílio financeiro, a criação de uma escola de enfermagem nos moldes da Escola Ana Néri.

Do relatório de Edith de Magalhães Fraenkel, organizadora e primeira Diretora da Escola de Enfermagem da USP, apresentado por ocasião de sua aposentadoria em 1955 consta que a idéia original foi do Dr George Saunders, da Fundação Rockefeller, e que depois foi colocada como parte integrante do convênio.

Em novembro de 1938, Adhemar Pereira de Barros, Interventor Federal de São Paulo baixou o Decreto Estadual n°9708 que organizava o Serviço de Enfermagem do Departamento de Saúde do Estado. O artigo 1°desse decreto previa, além da regularização e oficialização da profissão de enfermeiro, o preparo desse profissional "mediante cursos regulares e especializados".

Uma escola de enfermagem devia integrar esse serviço ao qual competia, entre outras funções, a de conferir diplomas aos profissionais que houvessem "concluído o curso regular".

Ainda em 1938 a Fundação Rockefeller voltou a insistir na necessidade e urgência da criação da Escola de Enfermagem. Nessa oportunidade a Fundação concederia bolsas de estudo a seis educadoras sanitárias para fazerem curso de enfermagem nos Estados Unidos ou Canadá e auxílio financeiro para a instalação da biblioteca e dos laboratórios da nova escola. Já em 1939, a Fundação Rockefeller, antecipando-se a outra qualquer iniciativa, convidou Edith Fraenkel, Superintendente do Serviço de Enfermagem do Ministério de Educação e Saúde para organizar e dirigir a futura entidade e proporciou-lhe uma permanência de 1 ano nos EUA e Canadá, a partir de janeiro de 1940, a fim de preparar-se para o novo cargo.

No inicío de 1940 a Fundação Rockefeller enviou a São Paulo a chefe da Seção de Enfermagem da Fundação, Miss Mary E. Tenant, com incumbência de pressionar as autoridades no sentido da observância do convênio firmado anos atrás. A interferência pessoal do interventor Adhemar de Barros e do Diretor do Instituto de Higiene ficou patente no resultado final dessa visita: a criação de uma escola de Enfermagem na Universidade de São Paulo devendo ambos, governo e Fundação Rockefeller contribuir para a concretização do empreendimento.

O Decreto Lei Estadual n°13.040/42 (anexo VIII - a) que criou a Escola como parte integrante da USP anexa à Faculdade de Medicina, com a finalidade de preparar enfermeiros para os Serviços de Saúde Pública e hospitalares e de habilitar os diplomados por escolas estrangeiras dispunha sobre : existência do curso normal de enfermagem, de três anos de duração e de cursos pós graduados, o alenco das disciplinas do curso normal de enfermagem e sua seriação, a obrigatoriedade dos estágios no Hospital das Clínicas e no distrito sanitário do Instituto de Higiene, os requisitos para a admissão ao curso, que constavam da exigência de diploma de escola normal ou certificado de conclusão do ginásio e idade entre 18 e 25 anos.

 


* FOTO DA FORMATURA DA PRIMEIRA TURMA DE ENFERMAGEM (1943). RETIRADA DA BIBLIOGRAFIA CITADA ABAIXO


Bibliografia Consultada

CARVALHO, A.C. Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - Resumo Histórico 1942 -1980. São Paulo - 1980.

 



Veja também :

Centro Histórico - Cultural da Enfermagem Ibero - Americana

 

 



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