Catéter de Swan-Ganz - página 01


A partir de 1970, Swan e Ganz realizaram um estudo que permitia introduzir um catéter para registrar os parâmetros hemodinâmicos na artéria pulmonar (Knobel,2000). Após alguns anos, com a utilização de transdutores eletrônicos, associado ao uso da heparina e da revolução eletrônica, e com o catéter de balão-fluxo dirigido, foi possível aferirem as medidas de pressões intravasculares com maior segurança.

O conhecimento de parâmetros fisiológicos, que até então só eram obtidos em laboratórios de hemodinâmica, tornou-se possível à beira do leito, permitindo o tratamento mais racional dos estados de choque, infarto do miocárdio, insuficiência respiratória aguda, quadros sépticos e outras condições que ocorrem nos pacientes graves.

A partir de 1980, este procedimento se tornou mais rotineira nas UTIs do mundo, onde o uso do catéter de Swan-Ganz cresceu rapidamente de 400 mil para 2 milhões de unidades vendidas anualmente no mundo (1 milhão somente nos Estados Unidos), porém em nosso meio, seu uso seja ainda limitado devido ao alto custo.

icone_uti1.gif (262 bytes) Conhecendo o catéter de Swan-Ganz

O catéter de Swan-Ganz, também conhecido como catéter balão-fluxo dirigido devido a presença de um balonete inflável na ponta do catéter, onde o próprio fluxo sangüíneo o dirige até a artéria pulmonar. Tem geralmente um diâmetro de 7F (French), de 110 cm, graduação a cada 10 cm, duas vias para transmissão do sinal pressórico (distal e proximal), termissor incorporado para cálculo do débito cardíaco e uma via com válvula para inflação do balonete (Araújo, 1992; Cintra, 2000).

Desenho explicativo do Catéter de Swan-ganz      Mais fotos do catéter...

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Quando posicionado corretamente, obtém-se os parâmetros fisiológicos como pressão venosa central, pressão sistólica e diastólica do ventrículo direito (obtidas durante o posicionamento), pressões sistólica e diastólica da artéria pulmonar. Quando se insufla o balonete dentro de um dos ramos da artéria pulmonar, verifica-se os valores da pressão capilar pulmonar (PCP) ou pressão da artéria pulmonar ocluída (PAPO), que servirá de dados para se identificar a pressão hidrostática capilar pulmonar e a pré-carga do ventrículo esquerdo.

Além desses parâmetros, poderá utilizar-se do catéter na coleta de sangue venoso misto (foto) para análise gaso e oximétrico e para a mensuração do débito cardíaco através do método de termodiluição.

A inserção é realizada por punção percutânea geralmente das veias subclávia, jugular interna ou externa, veia femural ou dissecção de veia antecubital.

icone_uti2.gif (262 bytes) Materiais utilizados na introdução do catéter de Swan-Ganz

- Material de Flebotomia ou Intracath, campos cirúrgicos e campo fenestrado, avental e luvas estéreis.

- Gorro, máscaras, óculos de proteção. PVPI tintura, anestésico (lidocaína 2% s/vasoconstrictor), seringas descartáveis de 10 e 20 ml, agulhas descartáveis (40x12; 25x7), fios de algodão, lâmina de bisturi, torneiras de 3 vias.

- Soluções fisiológicas (500 e 250 ml), equipo simples (macrogotas), heparina (opcional).

- Bolsa pressurizadora, suporte de soluções e suporte para transdutores.

- Catéter de Swan-Ganz 7F, introdutor do catéter com dilatador venoso 8F, e kit de monitorização invasiva.

- Monitor com saídas para ECG e pressões invasivas.

Materiais utilizados na passagem do catéter de Swan-ganz

Materiais utilizados na passagem do catéter de Swan-ganz

Materiais utilizados na passagem do catéter de Swan-ganz

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