Clique aqui e veja quais são as indicações de alguns fitoterápicos: Arnica Babosa Calêndula Camomila Guaco Espinheira Santa Malva Maracujá Quebra-pedra Referências Bibliográficas A fitoterapia é uma opção alternativa de tratamento que vem sendo cada vez mais utilizada na rede básica de saúde de Campinas. Pode ser utilizada, por exemplo, para todos os tipos de lesões: a pomada de calêndula é recomendada nas úlceras, em suturas e para vários outros tipos de feridas; a babosa é indicada nos casos de queimadura de qualquer espécie e a arnica é recomendada para contusões, traumatismos e entorses. O Centro de Saúde Boa Vista é uma das principais unidades que vem sistematizando o uso da fitoterapia e, segundo as enfermeiras Ivanei Félix Pereira (coordenadora desta Unidade) e Regina Grimaldi de Oliveira, o projeto de tratamento com fitoterapia surgiu no início de 1997, logo após treinamento oferecido para todos os profissionais da rede pela Secretaria de Saúde do Município de Campinas e coordenado por Eloísa Cavassani Pimentel. Após este treinamento a unidade Boa Vista começou a utilizar a fitoterapia para o tratamento de queimaduras e feridas, usando principalmente pomadas. Atualmente já estão incluídos o xarope de guaco, malva e chá de maracujá. A Prefeitura Municipal de Campinas, através de edital de licitação, contrata um laboratório de manipulação e este prepara os medicamentos. As enfermeiras acrescentam que o preço do medicamento fitoterápico do laboratório é bem inferior ao de produtos alopáticos similares. Segundo a coordenadora
da UBS, a fitoterapia no Brasil ainda não é considerada tão
eficaz quanto a alopatia, apesar de já estar comprovado cientificamente
sua eficácia. A coordenadora do projeto de fitoterapia na SMS solicita
que as pessoas que fazem uso de fitoterápicos caseiros e estão
encontrando resultados positivos, enviem a ela mudas das plantas, para
que sejam encaminhadas aos laboratórios para o desenvolvimento de
novos produtos fitoterápicos.
No distrito de saúde norte de Campinas, segundo a Enfª Regina, a maioria das UBS já estão utilizando da fitoterapia, porque a supervisão do distrito incentiva o uso do protocolo de atendimento que busca sistematizar o uso de fitoterápicos (fornece instruções e indicações do seu uso, por exemplo). Outras unidades do município também estão utilizando outras plantas, como é o caso da malva, indicada pelos dentistas para abcessos dentários, porém nem todas estão realizando registros sistemáticos dos resultados encontrados. As unidades que não estão utilizando a fitoterapia desconhecem sua eficicácia ou não tiveram nenhum curso de capacitação nesta área (o treinamento conta com vários profissionais, entre eles um agrônomo, que ensina como plantar, colher, quais são os princípios ativos das plantas etc). As Enfermeiras Ivanei e Regina avaliaram 30 pacientes no período de maio de 1998 a maio de 1999, utilizando um protocolo que controlava todos os pacientes que estavam usando a fitoterapia e quantos receberam alta. O trabalho teve os seguintes resultados: dos 19 pacientes que iniciaram o uso da pomada de calêndula, 8 apresentaram cura, 4 obtiveram boa evolução, 3 abandonaram o tratamento, 1 suspendeu e 3 ainda estavam fazendo acompanhamento regular. Entre os 11 pacientes que utilizaram a pomada de Aloe vera (babosa), 7 apresentaram cura, 1 obteve boa evolução e houve 3 casos de abandono. A taxa total de abandono ficou em 20%. O motivo do abandono muitas vezes estava relacionado à dificuldade de cura devido à doença de base (por exemplo diabetes) ou por dificuldades de retorno acarretadas por problemas de mobilidade física e(ou) locomoção. Em determinados casos é realizado a visita domiciliar para checar se o paciente está apresentando boa evolução, mas esta atividade não é sistematizada. Na UBS Boa Vista não existe a resistência, por parte dos médicos, em prescrever os fitoterápicos, ao contrário, eles o fazem com certa frequência, completa a coordenadora. Os enfermeiros
estão autorizados a prescrever e solicitar medicamentos fitoterápicos,
mas algumas vezes, nos finais de semana quando a unidade está fechada,
são entregues ao paciente, que é orientado quanto à
sua utilização e agendado para ser reavaliado, posteriormente.
Laerte Peres: aluno de
graduação em Enfermagem na Unicamp e bolsista de Iniciação
Científica da FAPESP
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