Esporo Bacteriano

Juliana Capellazzo Romano*


 

         A esporulação, processo pelo qual alguns gêneros de bactérias formam esporos, ocorre quando estas bactérias estão face a situações críticas para sua sobrevivência, ou seja, as condições ambientais são adversas para o crescimento bacteriano. De maneira geral, isto ocorre quando há falta de nutrientes, como carbono ou nitrogênio (1).

         Os esporos apresentam-se sob a forma de corpúsculos esféricos ou ovóides, livres ou no interior da bactéria. Formam-se pela invaginação de uma dupla camada de membrana celular, que se fecha para envolver um cromossoma e uma pequena quantidade de citoplasma, garantindo a sobrevivência da espécie. Esta camada é responsável pela resistência à coloração e ao ataque dos agentes fisicos e químicos da esterilização e desinfecção (2). São características comuns aos esporos: decréscimo na quantidade total de água em comparação com o estado vegetativo, refratividade, alta resistência a condições ambientais adversas, habilidade de germinar e produzir células vegetativas após longos períodos de estocagem.

         Na fase esporulada, as bactérias não realizam atividade biossintética e reduzem sua atividade respiratória. Nesta fase também não ocorre a multiplicação e crescimento bacteriano (1). Esta incapacidade de reprodução pode ser devida a basicamente dois fatores: a) incapacidade de iniciar a germinação; b) incapacidade de duplicar macro moléculas críticas para seu metabolismo (1).

       As bactérias podem permanecer viáveis na forma de esporos durante anos, se mantidos a temperaturas usuais e em estado seco (3). Entretanto, assim que o ambiente se torna favorável, estes esporos podem voltar a se reproduzir e multiplicar (1).  


* Aluna do 4o ano de Graduação em Enfermagem - UNICAMP - bolsista de iniciação científica da FAPESP

ORIENTADORA: Profa. Dra. Maria Helena Baena de Moraes Lopes - Professora Assistente Doutora do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

(1) Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH). Esterilização de Artigos em Unidades de Saúde. São Paulo, 1998.

(2) COSTA,A.O.; CRUZ, M.S.S.; MASSA,N.G.  Esterilização e desinfecção: Fundamentos básicos, processos e controles. São Paulo. Cortez, 1990.

(3) STANIER, R.Y.; DOUDOROFF, M.; ADELBERG, E.A.  Mundo dos micróbios. São Paulo. Edgard Blücher Ltda, 1969.


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